📱 O Uso de Celulares e o Crescimento das Vendas Online Após a Pandemia

Alik Rodrigues - Publicado em 30/10/2025

A pandemia da COVID-19 transformou profundamente o comportamento de consumo em todo o mundo. Com o isolamento social e a necessidade de evitar aglomerações, milhões de pessoas passaram a depender da internet — e, especialmente, dos celulares — para trabalhar, estudar, se comunicar e comprar. Esse movimento não foi apenas temporário: ele redefiniu o varejo e o marketing digital de forma permanente.

🌍 A aceleração digital: de necessidade a hábito

Antes de 2020, as vendas online já cresciam em ritmo constante. No entanto, durante a pandemia, o comércio eletrônico se tornou uma necessidade básica tanto para consumidores quanto para empresas.

Segundo dados da eMarketer, o e-commerce mundial cresceu mais de 25% em 2020, e o Brasil esteve entre os países que mais expandiram nesse período. Em muitos casos, pequenas lojas que nunca haviam vendido pela internet migraram rapidamente para plataformas digitais, redes sociais e marketplaces.

Com o tempo, o que era adaptação virou comportamento permanente. O consumidor descobriu a conveniência de comprar com poucos toques no celular — e esse hábito não retrocedeu.

📈 O papel dos smartphones nas compras online

Hoje, o celular é o principal canal de acesso à internet para a maioria dos brasileiros. De acordo com a pesquisa TIC Domicílios (2024), mais de 90% dos usuários acessam a internet exclusivamente por dispositivos móveis.

Isso significa que o smartphone se tornou não apenas uma ferramenta de comunicação, mas também o centro das decisões de compra. Aplicativos de bancos, carteiras digitais, e-commerces e até redes sociais se integraram ao cotidiano de consumo.

Além disso, a evolução das tecnologias móveis — como 5G, apps mais leves e interfaces simplificadas — tornou a experiência de compra ainda mais fluida, incentivando o consumo por impulso e facilitando o acesso de novos públicos ao comércio eletrônico.

🛒 A nova era do “m-commerce”

O termo m-commerce (mobile commerce) se refere às transações comerciais realizadas via dispositivos móveis. Após a pandemia, esse modelo disparou. Plataformas como Shopee, Amazon, Mercado Livre e Magalu investiram pesado em experiências mobile-first, com aplicativos otimizados e programas de fidelidade acessíveis diretamente do celular.

De acordo com a Allied Market Research, as compras via dispositivos móveis devem representar quase 75% de todas as vendas online até 2026. No Brasil, o movimento é ainda mais forte, impulsionado pelo público jovem e pela popularização do Pix como meio de pagamento instantâneo.

💬 Redes sociais e influência nas compras

Outro fenômeno pós-pandemia é o crescimento do social commerce — a venda direta dentro de plataformas como Instagram, TikTok e WhatsApp.
Hoje, as redes sociais não são apenas canais de divulgação, mas vitrines e pontos de venda ativos, com influenciadores e marcas oferecendo produtos de forma cada vez mais personalizada.

O consumidor moderno pesquisa, compara, lê avaliações e finaliza a compra sem sair do celular. Essa jornada integrada redefiniu o funil de vendas e obrigou empresas a investir mais em experiência do usuário, atendimento digital e estratégias omnichannel.

🔮 O futuro do consumo digital

As tendências apontam para uma digitalização ainda maior. Tecnologias como inteligência artificial, realidade aumentada e chatbots inteligentes devem tornar a experiência de compra mobile cada vez mais imersiva e personalizada.

Empresas que entenderem esse novo comportamento e priorizarem o mobile como pilar central de sua estratégia digital terão uma vantagem competitiva clara.

💡 Conclusão

O pós-pandemia consolidou um novo paradigma: o celular é hoje a principal vitrine e o principal caixa do comércio moderno.
O futuro do consumo será cada vez mais digital, móvel e personalizado — e as marcas que souberem acompanhar esse movimento continuarão relevantes em um mercado onde a tela do smartphone é a nova porta de entrada para o mundo.